4 de agosto de 2010

Petar

 Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira



“ O Petar é considerado uma das Unidades de Conservação mais importantes do mundo. Abriga a maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil e mais de 300 cavernas. É considerado hoje um patrimônio da humanidade, reconhecido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.”



          Mais uma vez a galera da comunidade Trilhas e Trekkings SP se reuniu para passar um final de semana fazendo o que mais gosta: SE AVENTURANDO. Desta vez o destino foi PETAR, entre os municípios de Iporanga e Apiaí, extremo sul de São Paulo. Vale lembrar que para qualquer visita às cavernas do PETAR, é necessário e obrigatório estar acompanhado por um monitor local, sendo esta uma Norma da Unidade de Conservação.

         Em um grupo de 22 pessoas, nos alojamos no camping do Benjamim, que é muito acolhedor, com um bom espaço físico para ser utilizado. Uma galera chegou lá na sexta-feira a noite, e o restante chegou no sábado, depois de se perder pelas longas estradas até Iporanga. Depois de um café da manhã reforçado, recebemos as instruções dos guias e partimos para o Trekking. O grupo teve que ser dividido em dois, pois as medidas de segurança e preservação do parque não permitem a entrada de mais de 15 pessoas por vez nas cavernas.

        Nosso primeiro objetivo do dia foi a Caverna da Água Suja, no Núcleo Santana. A trilha não é muito longa, com grau de dificuldade médio sendo uma trilha bem prazerosa de se fazer. Ao longo dela encontramos alguns obstáculos legais de se transpor: Passar por uma trilha de pedras beirando o Rio tendo apenas uma rocha como apoio; duas escadas de madeira pra poder alcançar a outra parte da trilha; atravessar o Rio segurando em uma corda para não se levado pela correnteza (apesar que, no dia que fomos, a correnteza estava bem tranquila).

        Toda a trilha é feita através mata ciliar que protege o Rio Betari e mais adiante o Rio da Água Suja, que dá nome a caverna. Podemos observar a grande diversidade da flora do parque, entre as quais pudemos encontrar muitas arvores de Palmito Juçara, que antigamente era uma das principais fontes de renda dos habitantes das cidades vizinhas, mas que por motivos de preservação, hoje não podem mais ser explorados, apenas em processo adequado para de manejo sustentável. Hoje, segundo instruções dos guias, a cidade vive principalmente do Turismo.

        Chegando à caverna da Água Suja – formada basicamente de nas rochas calcárias, com aproximadamente 1.800 metros de desenvolvimento, sendo 800 metros turísticos – entramos pelo rio, com a água batendo na canela, e iniciamos uma caminhada até a sua cachoeira interna. Passamos por vários salões diferentes, entre eles o Salão do Golfinho e o Salão dos Ventos. É interessante observar como de um salão para o outro o volume da água do rio aumenta: em alguns salões atravessamos com a água na cintura! Nas épocas de chuva, o rio chega a encher, sendo impossível a visitação à caverna. Chegando à cachoeira, mais uma vez tivemos algumas pessoas corajosas o suficiente para entrar nas águas geladas que “brotavam das pedras” dentro da caverna.

        Depois da Água Suja, um dos grupos seguiu para s Caverna do Morro Preto e o outro, para a caverna de Santana.

        A trilha para a Caverna do Morro Preto – feita logo após uma pausa rápida para repor as energias na lanchonete do parque – também se apresentou tranquila, tendo duração média de 30 minutos, ida e volta. É feita através de uma subida por escadas de terra que dão direto na Boca da caverna que tem aproximadamente 25 m de altura. Nessa caverna não há trechos de água. Nela foram encontrados vestígios que demonstram que a caverna serviu, no passado, de abrigo para humanos. Logo na sua entrada, é possível observar marcas do que um dia foi uma fogueira. Lá também foi onde o primeiro grupo avistou o único morcego visto durante toda a visitação. Depois de uma longa pausa dentro da caverna ( onde um dos integrantes do grupo até dormiu, chegando a sonhar), o grupo partiu para a Cachoeira do Couto, onde houve pausa para mais fotos.

        Enquanto isso, o outro grupo visitava a Caverna de Santana, rica em pequenos mosquitos que teimam em entrar na boca dos desavisados. O percurso dura aproximadamente 2 horas e segundo informações de uma das integrantes do segundo grupo, as formações rochosas se apresentaram muito bonitas e curiosas: “ Tinha uma formação que até parecia um pedaço de bacon. Tinham algumas com formatos 'obscenos' (risos) e tinha um trecho bem fechado que o pessoal tinha q passar meio 'esmagado', fazendo contorcionismo. Mas quem não quisesse tinha outro caminho. Eu por exemplo, não tive coragem. Achei isso meio claustrofóbico (risos). E tem também uma tal de 'sala do segredo' que só algumas pessoas entraram, por que era meio difícil de chegar. E quem entrou não podia contar o que viu” diz Luciana Turola, a criadora e principal organizadora da comunidade. A Travessia de um ponto a outro da caverna, é feita por pequenas pontes que passam por cima de trechos do Rio que corta a Caverna de Santana. Os guias pararam diversas vezes para explicações básicas sobre o parque.
        Depois de Santana, o segundo grupo partiu pra Pastelaria da cidade, para repor as energias e retornou ao camping para um banho quente e o jantar. Algumas pessoas decidiram preparar a própria comida no camping, mas a outra parte do grupo pediu um jantar mais reforçado, por volta das 20 horas, partimos para o “restaurante” de uma pousada. A comida estava realmente muito gostosa, e deu pra abastecer legal. Só faltou o suco.

        No camping, após o jantar, a turma iniciou uma partida de pife no baralho. Mas as coisas começaram a ficar realmente sérias quando decidiram “jogar rouba monte” . Segundo os participantes, foi a partida mais sanguinária jogada: “começamos com pife...
depois jogamos rouba monte... e foi tão violento que começou a sair sangue do meu dedo
e o baralho ficou todo sujo...(risos)” relatou Luciana, que quase teve o dedo decepado ao tentar roubar um monte da mesa – brincadeiras a parte. Devido o grau de violência atingido, ficou decidido partir pra um jogo mais neutro, o UNO.

        No dia seguinte, marcamos de encontrar com os guias às 8hrs da manhã. Porém estavam todos tão cansados, que acabamos acordando atrasados. E depois de um reforçado café da manhã, pretendiamos partir pra proóxima trilha, porém houve um impervisto. Um dos carros acabou não pegando, e todos se mobilizaram para tentar resolver o problema. As meninas até empurraram. Só pra foto, mas o que vale é a intenção. Depois de resolvido o problema seguimos em direção a Cachoeira Sem Fim, dessa vez com o grupo todo reunido.
       
  
    A trilha tem esse nome porque os moradores nunca conseguiram encontrar sua nascente. Ela também se apresentou bem tranquila, com duração média de 1h percorrendo um trecho que leva a três quedas que a compõem. A maior das quedas tem 6 metros de altura e é ótima para a prática de rapel. Todas as quedas são lindas e formam piscinas que são um convite irresistível a um banho. E é claro que não poderíamos deixar de aceitar esse convite. Mais uma vez nos aventuramos nas águas geladas da cachoeira.




   

     O final de semana estava acabando e infelizmente, algumas pessoas tiveram que retornar a São Paulo mais cedo . Os que ficaram, decidiram fazer Boia cross, no nível 1, o que se apresentou uma experiência muito legal. Percorremos aproximadamente 2 km rio a baixo, em uma correnteza não muito forte, de um rio cheio de pedras que tornaram a aventura ainda mais emocionante. Retornamos ao ponto de partida na carroceria do caminhão da agencia e depois de nos aquecermos e organizarmos as coisas para a partida, nos abastecemos de miojo com bacon, lingüiça paio e batata palha. A chuva veio com força total no final do dia, e o último grupo partiu de lá por volta das 18 hrs.

        Particularmente, a experiência de passar o final de semana em PETAR foi maravilhosa. O grupo todo interagiu bem, e a quantidade de pessoas que compareceu para essa nossa reunião em busca de aventura foi muito gratificante. Ficamos felizes de ver que a idéia básica da comunidade está realmente dando certo, e que todos estão se dando tão bem. Espero que todos tenham realmente curtido esse camping como eu.

        Fica aqui, então, mais uma dica de aventura, e que venham as próximas.



Até lá.



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2 comentários:

  1. parece um lindo local mesmo . pela materia moni e otimas fotos do adriano kako , bom acho que foi ele que tirou as fotos .rsrsr

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  2. Ah Moniquinha... que lindo este lugar... vi as fotos com calma... D+!!!!!!!!!!!

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